terça-feira, junho 29, 2004

Antes de tudo, quero esclarecer que (ainda) não estou de férias. Ainda falta entregar um trabalho e fazer duas provas (e rezar pra não pegar final). Mas já vou planejando minhas três semanas de paz...
Coisas para se fazer nas férias:
Esperar a nova temporada de Joan of Arcadia começar
Organizar uma tarde de filmes de dança: (Flashdance, Dirty Dancing, Grease, Strictly Ballroom e Os Embalos de Sábado a Noite)
Organizar uma tarde de filmes da Molly Ringwald: (Clube dos cinco. A garota de Rosa-Shocking e Gatinhas e Gatões)
Ir no site TelevisionWithoutPity.com e ficar em dia com todos os shows
Ler os livros do Gaspari sobre a ditadura
Procurar várias coisas na Delta Larousse (muito divertido pra quem é nerds que nem eu)
Passar um ou dois dias em Antonina (no festival)
Tentar me recuperar dos efeitos de fazer Comunicare por um semestre inteiro e, ao mesmo tempo, ir para o Anhangava fazer uma matéria sobre favelas para o Comunicare.
Escrever o melhor livro da história da humanidade (esse é moleza de fazer...)
Planejar minha viagem pra Europa (que eu nuca vou fazer, mas enfim...)
Sonhar com o John Cusack
Assistir filmes da divíssima trindade: Al Pacino, Robert DeNiro e Marlon Brando
Revitalizar o Pedreiras (www.pedreiras.blogger.com.br)
Passar para o computador a minha história “O Reino das Nabáguas”
Escrever com a Lise a foto-blog-novela-de-terror
Ganhar na loteria
Dormir
Me conformar que todo mundo vai viajar menos eu
Fingir que tenho uma vida
Entrar na academia
Organizar meus Cds

E você? O que vai fazer nas férias? Quando começarem as aulas quero ver todo mundo escrevendo redação “Minhas férias” para a tia do colégio.
Posts gigantes a caminho. Fiquem alerta!!!

segunda-feira, junho 21, 2004

depois de semanas fazendo uma pesquisa informal não havia chegado lá: uma pergunta me assombrava, me perseguia pelos corredores e não me deixava dormir, eternamente me atormentando. Afinal de contas o que é uma média e o que é um pingado?

Como é um assunto que tá na boca do povo e que, teoricamente, todo mundo deveria saber (eu pelo menos quero aprender), resolvi sair perguntando. Acontece que nesse país aqui, não dá pra se discutir de religião, futebol, política e café. Era muita informação desencontrada. Um desmentindo o outro desmentido o um e por aí vai. Resolvi procurar as fontes oficiais por pura falta de opção. Eis que meu querido e sempre confiável Aurélio me diz:

média: Café com leite, servido em xícara grande
pingado: diz-se do café a que se adiciona um pouco de leite e vice-versa

até aí tudo bem. mas o Aurelião não responde às minhas verdadeiras perguntas:

-qual a diferença definitiva entre um e outro? pode um pingado ser também uma média e pode uma média ao mesmo tempo ser pingado?

-tem aquela história de que um é servido só em xícara e o outro é servido só em copo de pinga?

-tem que ser copo de pinga ou pode ser outro copo, como o de cerveja, apesar de ficar ridículo?

-e o café puro, como se chama? é só café puro mesmo?

-quando você pede pão com manteiga está subentendido que na realidade é pão com margarina?

-por que todo mundo gosta tanto de mortadela?

-por que a cerveja crystal, que é a mais podre de todas, é a única que vem com a capinha na lata?

-por que a minha mãe insiste em comprar aqueles bolos horríveis com crocante, ameixa, abacaxi, geléia de uva e goiabada (tudo junto) quando o melhor bolo do mundo é nega maluca?

-como é que as pessoas ainda compram cheetos se milhopã é muito melhor e mais barato?

-como é que alguém tem coragem de comer aquela pipoca doce que vem no saquinho rosa?

-se ninguém come o bacon que vem na pipoca que você compra dos tios que tem carrinho na rua, por que então eles continuam colocando? é só pra gastar mais dinheiro?


hein? hein? hein?

meu professor de filosofia na federal, sempre que acaba de explicar alguma coisa, olha pra gente e pergunta: "dúvidassssss? angústiasssss? inquietaçõesssss?". Eu fico quieta, mas minha vontade é gritar: "dane-se o rousseau!!! por que que meu curso de shakespeare tem que ser bem na hora de everwood e gilmore girl???", pois são essas minhas pequenas angústias cotidianas que eu uso como mecanismo de defesa (psicologia da educação em uso) enquanto sou passiva ao bombardemanto de mensagens consumistas produzidas pela indústria cultural (teria da comunicação).

E como a opinião pública surge de uma controvérsia, deixe sua opinião (quantitativa e qualitativa) sobre o café nos comentários.
desde já agradeço,
sinceramente
nLeIrVdIsA (quem entendeu a assinatura???)

ps- se alguém puder me responder outras perguntas também... ficaria muito grata. de onde viemos? quem somos? pra onde vamos? qual número vai sair na loteria acumulada?

quarta-feira, junho 16, 2004

Escutando: Keane – Somewhere Only We Know (uma baladinha à la McCartney)

Esperando as atrasadas chegarem pra fazer trabalho. Mais duas semanas.. eu tenho que agüentar e eu tenho que passar !!!
Então. Se alguém tiver interessado, consegui achar o livro que eu queria. Meu plano era comprar uma pela internet uma cópia usada e mandar pra uma amiga da minha mãe nos EUA (daí não pagava frete internacional nem imposto) e ela trazia pra cá em agosto. Mãããs, acontece que eu acabei comprando pela internet uma cópia digital. Ta certo que só dá pra ler no computador e que eu tive que baixar o adobe 6.0 e tive que dar uma limpada nos arquivos do computador, mas consegui o livro em 4 dias!! E só custou uns doze reais. Se eu comprasse usado ou até mesmo se tivesse na loja eu com certeza ia gastar bem mais. E amanhã (fora os trabalhos) tem Pedro Bandeira.

Mudei de música. Agora estou escutando Reed Foehl – When it comes around.

To precisando muito de férias. Mais duas semanas.... O que é que eu faço da vida semestre que vem? Hein? Hein? Hein? Êh-lai-áh…. Não sei de mais nada. Eu vivo prometendo que vou me organizar, ajeitar a vida, mas até agora NOTHING.

Dando uma continuidade aos posts passados... já tô dirigindo (mal) pra faculdades e aulas em geral. Decorei os caminhos depois de muito esforço e morro de medo de errar de rua e me perder pra sempre – nunca mais encontrar minha casa. Já dei umas caronas pra algumas pessoas e acho que elas nem se apavoraram muito. Todos passam bem.

Mudei de música outra vez (nunca consigo escutar uma música até o final, o que irrita muitas pessoas). É a vez de Howie Day – Collide

Dá pra perceber que eu só to matando tempo até as gurias chegarem???? Pois é. Me sinto culpada e não quero sentar pra escrever um texto “texto” quando tem tantas coisas que eu poderia estar fazendo...tipo lendo Walter Benjamin (“A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica” .... ughhhh).

Acho que vou dar uma lida nos textos senão a Ed briga comigo...

Até quando esses trabalhos terminarem....

Eu

quarta-feira, junho 09, 2004

Então. A FNAC estava (não sei se ainda está) com uma promoção ótima: pocket books por nove reais + 20% de desconto. Os matemático que façam as contas...mas tá barato! Quem falar inglês francês e/ou espanhol pode dar uma passada. Vale também para quem, como eu, só finge falar essas línguas mas na verdade não sabe nem o uso correto da crase no nosso bom e velho português. Everything goes.
Eu e minha mãe fizemos a festa e, agora que já terminei On the Road (que li somente durante as aulas de História da América, hehe) vou começar Tender is the Night. O livro é do F. Scott Fitzgerald – o mesmo de "The Great Gatsby", que, além de ser um clássico, também é ótimo (digo isso pq nem todos os clássicos são bons, na minha ignorante opinião).
Mas nem só de pseudo-cultura vive essa maria-niguém aqui. Já que estava na livraria e num impulso consumidor, dei uma passada na infanto-juvenil para ver as novidades. Não adianta, posso ler o que me pedirem, mas ainda gosto mesmo é da coleção vaga-lume, dos livros de mistério do Marcos Rey e do meu grande amor, Sherlock Holmes. E, disfarçando que estava comprando um livro pra minha prima de sete anos, jogo disfarçadamente na cesta de compras o livro “A Irmandade das Calças Viajantes”. Muito bacana. E assim que eu reler o livro vou passa-lo adiante pra minha prima. O único problema é que agora eu quero ler o número dois!! Acontece que não foi lançado no Brasil. No site da Amazon eles só liberaram até a página 16 e eu não acho na internet. É lógico que não rola comprar o livro em dólar, é muito dinheiro por um livro infantil. Ah, eu sou uma criança mesmo. Se alguém tiver uma solução pro meu dilema existencial por favor me diga.
Mas você deve estar se perguntando : “Qual o motivo desse livro ser o escolhido???” Explico: está sendo feita uma adaptação cinematográfica do dito cujo e a Amber Tamblyn vai estrear no filme. Para quem não sabe (no caso, todo mundo) a Amber Tamblyn é a Joan do seriado Joan of Arcadia, que não só está rapidamente se tornando meu seriado favorito (e olha que eu assisto seriado pra caramba – não tenho vida) como também seria mencionado no texto que eu tinha prometido escrever sobre religião, terror, cultura pop e afins. Então, pra quem se interessar, o seriado passa quinta-feira, dez da noite na Sony e eu não escrevi o texto porque não tive tempo e também porque parece muita responsabilidade pra uma criancinha que nem eu. Mas eu to falando sério quando recomendo a série. Acho que no futuro vou escrever um texto falando só sobre isso, então vou me conter de falar disso por hoje.
Mudando levemente de assunto, estou procurando alguém que também vá participar do congresso Saberes, que vai ter lá na PUC esse mês. Se alguém for me avise! Eu estou querendo ir por dois motivos:
1- Vai ter uma palestra com o Pedro Bandeira. Junto com o Marcos Rey, o Bandeira era meu herói quando eu era criança. Acho que li todos os livros dele (preferidos: “A Marca de uma Lágrima”, qualquer um que tenha os Karas e “O Dinossauro que Fazia Au-Au”). Cheguei até a mandar uma carta pro kara quando estava na segunda série. E não é que ele respondeu?? Quero falar com ele, tirar foto, pedir autógrafo e todas essas coisas bobas de fã. Agradecer ele ter respondido a carta, sei lá... Quem sabe eu até me empenhe e digite e entregue pra ele uma história infantil que eu escrevi uns anos atrás (se chama “O reino das nabáguas” que é de onde tirei o nome do blog). Eu sei que desde pequena que eu escrevo quase sem parar e os livros dele têm algo a ver com isso.Vou aproveitar que estou na minha fase criancinha. Quem lê até acha que eu to falando de um Garcia Márquez ou algo do gênero... mas quando você tem 11, 12 anos, literatura não fica melhor do que o que esse cara faz. Sei que sou meio boba, quem quiser discordar que discorde e ficamos por aqui.
2-No mesmo dia vai ter uma palestra e uma mesa redonda sobre jornalismo literário. Aliar literatura e jornalismo é a única coisa que ainda mantém meu interesse nessa faculdade. Vou para as aulas mas não consigo me imaginar fazendo matéria à la Comunicare ou qualquer coisa das outras aulas. Cheguei muito perto de trancar o curso (ainda estou perto de trancar o curso...) e só a vontade de escrever é que não me deixou chutar o balde ainda. Faço mil planos para mil histórias que quero escrever, todas misturando jornalismo, literatura e história. Quero ver como vai essa palestra pra ver se ela me anima um pouco ou se vou mesmo ir arranjar outra coisa pra fazer da vida. Já faz um ano e meio que estou me empenhando em ler e pesquisar sobre jornalismo literário. Escritores como Truman Capote, Gay Talese, John Hersey e afins. Não to pedindo nada, né? Só fazer jornalismo cultural e literário, de preferência para revistas, de preferência para a New Yorker. Sério, tem muito emprego nessa área. Tô feita!!!!
Mas também existem motivos pra não ir no congresso: muito caro e só vou poder ir em um dos dias. Vou ter que faltar muita aula e não estou em condições. Vou perder um dia de curso no solar. Não vou poder assistir Joan of Arcadia e não reprisa no domingo. Tenho vergonha de ser uma estudante metida a intelectual. Tenho vergonha do Pedro Bandeira. Não deve ter lugar pra estacionar.

Ontem estava muito deprimida, então fui na locadora e peguei Céu de Outubro. Hoje já estou um pouquinho melhor. Amanhã vou poder dormir – o que não me conforta já que sei que nas próximas semanas não vou dormir quase nada, de tanto trabalho e prova que tem pra fazer. Preciso me organizar. Preciso decidir o que vou e o que não vou fazer semestre que vem. Por enquanto tudo é incerto, nada está decidido. Essa história de entregar a história pro Bandeira já tá me embrulhando o estômago. Lembro da vez em que entreguei um CD pro Belchior ( ninguém está autorizado a rir – Belchior é um gênio e eu bato em quem falar mal dele!). Não são boas lembranças... tenho que me conformar que dentre todos os caminho que minha vida pode tomar, o mais otimista é que eu acabe meus dias criando gatos, cobrindo inaugurações de pontes e sendo alvo de piadas das crianças do bairro, chegando em casa todas as noites para assistir DVD’s de seriados que acabaram há 20 anos e lendo livros como “Quem mexeu no meu queijo” e “Não faça tempestade em copo d´água”. Feliz vida para mim!

E já que estamos no assunto, o Word não coloca maiúscula automática quando se escreve ‘deus’, mas é rápido em colocar maiúscula quando escrevemos ‘Marx’, ‘Freud’ ou ‘Spielberg’ – três personagens que estão na minha lista de ‘um dia quero escrever um artigo sobre eles’. Ou talvez seja só meu computador que é ateu.

Lívia recomenda: “Say Anything” – pq eu bem que merecia um John Cusack apaixonado na janela do meu quarto.

terça-feira, junho 01, 2004

pessoas, é sério, tô muito sem tempo. mas pras raras pessoas que lêem isso aqui não ficarem na mão arranjei um tempinho de fuçar os meus arquivos e achar isso aqui: THE CARME SHOW!!!!! Não posso me demorar explicando (trabalhos e mais trabalhos), mas se divirtam e comentem!!

Roteiro de Entrevista:
Descrição das personagens:

1- Entrevistadora: Carme Eugênia Rodriguez
Usa um cabelo loiro típico das apresentadoras como Hebe Camargo. Usa muitos acessórios dourados e brilhantes. Veste um conjunto colorido (se possível cor-de-rosa). É carismática, mas não domina os conteúdos. Do tipo espontâneo que fala sem pensar.

2-Ajudante: Garçom, o pingüim (fantoche)
O braço da pessoa que segura o pingüim deve aparecer durante o programa, dando um tom de “programa de terceira”. A intenção é fazer uma paródia com os programas decadentes da televisão. O pingüim deve ter uma voz forte, não a tradicional voz de criança. Garçom terá como característica o uso de palavras difíceis e comentários cínicos quando fala das pessoas, para contrastar com a idéia de bonitinho que se tem à primeira vista e para fazer um contraponto com a entrevistadora. É muito mau humorado.

3-Entrevistado 1: Katrine
Katrine é o que se considera uma “poser”. Uma artista que já fez sucesso mas não percebe que seu momento de fama já passou. Ela vive do passado e da única música sua que fez sucesso. Até mesmo sua atitude roqueira não combina com o estilo de música que toca. Muito preocupada em parecer má, ela fala com voz rouca e tem vários tiques nervosos, como tossir e parecer ser atormentada por vozes. Ela está no programa pois acaba de lançar um novo remix para sua antiga e única música de sucesso. Usa um cabelo ruivo no estilo “Chitãozinho”, um blusa de oncinha e calças de couro.

4-Entrevistado 2: Olga Helga Von Strugenhonger
Apresentando um estilo mais “intelectual”, Olga se veste inteiramente de preto com havaianas brancas. O cabelo é preto e muito liso, e ela usa óculos de grau. Uma atadura de gaze é vista em seus dois punhos. Quando não está falando, olha fixamente para o horizonte. Não come carne porque faz mal à saúde, mas fuma cachimbo e traz sempre um cantil com bebida dentro. Está no programa lançando seu segundo livro, escrito após um contato com ÓVNIS durante um retiro.

5-Público:
O público não será visto, mas será feito o uso de palmas e de risadas quando especificado no roteiro.

(As características descritas, como tiques e modo de falar, permanecerão por toda a entrevista, portanto não serão especificadas no roteiro.)
(As mudanças de ângulo e cortes não aparecerão no roteiro pois os detalhes ainda não foram todos decididos pela equipe e dependem do cenário encontrado.)

Cenário:
O cenário previsto é uma sala com um sofá para a apresentadora e as entrevistadas. Se possível a sala deve corresponder ao estilo da apresentadora (opulento, mas brega).


ROTEIRO:

C- Carme Eugênia Rodriguez
P- Pingüim
K- Katrine
O-Olga Helga

(o programa começa com uma vinheta de abertura que mostrará a apresentadora em diversos momentos - ao acordar, tomar café, etc- ao som de uma música animada, mas um pouco fora de moda. Garçom, o pingüim, também estará nas cenas.)
(após o fim da abertura, a câmera focalizará na porta e a apresentadora entrará)

C- Oi oi oi oi oi !!!! (o público responde) Dia lindo lá fora hoje! MA-RA-VI-LHO-SO ! Mas maravilhoso mesmo é o meu perfume... sintam gente (estende o braço para câmera). No programa de hoje a gente vai ter duas convidadas super hiper mega especiais. A primeira é a Katrine, lembram dela (canta um pedaço da música)? Pois então, ela está lançando um novo remix muito show dessa música. Tenho certeza que vai ser um super hit!

(vai para o sofá e senta)

P- Ei, energúmena ! Não vai me dar oi não, é? Esqueceu de mim?

C- Garçonzinho, meu amoreco, luz da minha vida... Nunca que eu ia esquecer de você! Você é o ajudantezinho mais fofo da TV.

P- É bom mesmo que você me dê valor. Todo mundo sabe que sem o meu carisma natural isto aqui não vai pra frente...

C- Tome tento menino! (dá uma risada falsa e tenta disfarçar enquanto dá um beliscão na pessoa que controla o Pingüim) ( dá uma respirada e continua) E além do amoreco Katrine, vamos ter também a escritora, poeta, ufóloga, cantora, performer, tocadora de harpa e co-fundadora do grupo de discussão “Marx aplicado à ufologia”, Olga Helga Von Strugenhonger! Queridas sejam bem vindas!

(Aumenta a música e as duas entram.Katrine se exibindo para a platéia, que aplaude, enquanto Olga entra observando tudo e todos. Quando chega perto da apresentadora, Katrine começa a rebolar e logo é acompanhada por Carme, que se levanta. As duas trocam beijinhos. Olga senta-se no canto do sofá e olha desconfiada para o horizonte. A música abaixa e as duas se sentam.)

C- Oi oi oi oi oi meninas !! Bom, vou começar fazendo a mesma pergunta para as duas: como é que vocês vão, amorecos ??

(Olga vai responder quando é “cortada” por Katrine)

K- Muito animal... O CD novo tá saindo. Tá muito chocante. Esse novo remix ta qualquer coisa de absurdo!

O- Comigo está tudo bem, apesar do meu primeiro livro ter sido barrado na Escandinávia e no Sri Lanka, dois dos meus maiores mercados. Alegaram que conteúdo é muito apocalíptico e induz à depressão.

P- Olha, eu li o seu relato e devo confessar que desde então me tornei agnóstico.

K- Diagnóstico? Olha que engraçado, eu também acabei de receber os resultados de uns exames. O médico disse que nunca viu um pulmão como o meu ( dá uma “risada de fumante” e começa a tossir).

(Olga e o Pingüim se olham com cara de dúvida)

C- ( que não estava entendendo a conversa) É... saúde é mesmo muito importante. (dá uma risada falsa) E você, Olga, o seu livro, sobre o que que é? Fala pra gente amoreco!

O- Ele foi concebido numa noite mágica, a primeira noite em que eu tive contato com seres mais evoluídos que nós. Uma outra galáxia, muito viagem... Essa foi a noite em que eu renasci pra poesia, por isso o livro se chama “O Segundo Nascimento”. Este livro é filho daquele encontro cósmico. Nunca vou me esquecer. Eu estava em um retiro no “Pico Solidão”, perto de uma pedra gigante, quando vi no céu uma luz muito linda... era o meu futuro, cara. Renasci naquele instante. Agora eu já abandonei a psicologia e os Krishnas. Tenho todas as respostas que preciso.

P- Transcendental.

K- Conheço a sensação... me senti assim quando escrevi minha música. O trabalho da minha vida estava feito. Nasci para escrever A música. Daqui pra frente o que vier é lucro, bicho.

C- Nossa, esta conversa ta ficando muito clandestina pro meu gosto... Que tal a gente falar de assuntos mais alegres? No próximo bloco nós vamos pra cozinha, o que é que vocês vão cozinhar pra gente?

K- Eu tava pensando nuns negócios chiques, mais aí fiquei sabendo que eu mesmo é que ia ter cozinhar, e não você. Aí, a única coisa que eu sei fazer é Miojo, mas você pode escolher o sabor, cara...Sabe como é, roqueira na cozinha não funciona. Não nasci pra essa coisa de dona de casa...

C- Uau, Miojo parece super jóia.

P-Super complexo também. Onde foi que você aprendeu a fazer esta iguaria?

C- Oh, Garçom, deixa a Kat em paz. Tenho certeza que vou A-DO-RAR o prato dela. E você, Olga Helga, o que vai fazer pra gente??

O- Eu não sei ainda. Acredito que a criação é um processo espontâneo, a arte nasce de um momento de inspiração. O improviso é a arte do viver. Só não faço nada com carne porque acho isso uma coisa muito terrena.

P- Concordo, acho que num mundo ideal ninguém comeria carne e os pingüins viveriam no Caribe.

C- Profundo, muito profundo. Hoje o clima ta cabeça aqui, né? Mas não se preocupem amorecos, no bloco seguinte a gente vai ter Miojo, uma improvisação e ainda a Katrine cantando pra gente o novo remix da música. Não saiam daí fofuras, a gente já volta.

(público aplaude)

(passa novamente a vinheta do programa)

FIM