segunda-feira, março 29, 2004

tá, então já percebi que se não faço uma pressão para o povo comentar quase ninguém se dá ao trabalho de entrar aqui... se isso continuar assim vou desistir (olha a pressão)....
quando estou em casa, entro aqui no blog esperando pra ver se está atualizado, só me esqueço que sou eu a responsável por atualizar....
enfim, vou tentar contar brevemente o que aconteceu na sexta:

eu e a luiza fomos assistir "temporada de gripe", do felipe hirsch. entramos no treatro e quando fomos ver o canhoto do ingresso para ver onde estávamos sentadas, tcharâããã não dava pra ver qual era a cadeira. o número estava picotado!!!! que vontade de escrever uma carta bem indignada pra organização do festival (a mesma coisa aconteceu no domingo, mas daí eu já tinha aprendido a lição e vi antes de entrar qual era a cadeira). dava pra ver que a minha tinha em pedaço de uma 4 e o da luiza tinha um pedaço de um 3. e isso q a gente nem sabia se era mesmo lugar marcado...
no hall de entrada da reitoria o mundo inteiro resolveu aparecer: minhas duas professoras de shakespeare, o povo inteiro da sala do shakespeare, uma mulher jornalista que fazia curso comigo, um piá da federal, a kátia horn(que eu já tive que entrevistar) e uma amiga do DB. Não é popularidade, é azar, mesmo. Tive que me esconder no banheiro. Ainda que o pessoal da TIM tirou uma foto nossa. A essa altura eu só queria uma caverna pra me esconder.
Quando finalmente entramos, chutamos que as cadeiras eram as 13 e 14 e sentamos nas duas últimas 13 e 14 livres do teatro. Aparentemente deu um problema na venda de ingressos e tava todo mundo disputando lugar. Eu e luiza morrendo de medo pq se alguém viesse expulsar a gente, não tinha mais lugar pra ir.
Daí chega um cara olhando pra nossas cadeiras e para o ingresso dele. Pensamos: "é agora!" Ele pergunta: "aqui é a G13 e G14??" nós dizemos: "sim...". ele pára e pensa um pouco, olha de volta pro ingresso dele e diz: "vocês podem me dar licença? eu estou sentado ali na G20" UFA!!!!!!
daí eu confiro com a amiga do DB que o nosso ingresso não é 13 e 14, mas sim 39 e 40, mas deixamos por isso mesmo pq todas as 39s e 40s já estão ocupadas e a gente nem sabe a fila mesmo.
Eis que então, do nada , quem aparece senão Luís Melo, o ator. Não sei como escrever o nome dele então a partir de agora vou chamá-lo de Lulu. Ele senta do nosso lado num lugar QUE NÃO É DELE. Aí a gente pensa: "se o lulu pode, a gente também pode".
No intervalo da peça dá aquela vontade de comer pipoca. Decidimos não comer pq é teatro e tal, e pode acabar pegando mal, sem contar que pode atrapalhar os atores. Daí vem o lulu, com um pacotão de pipoca. A gente pensa: "se o lulu pode, a gente também".
Acaba a peça, peço um táxi pra gente ir embora. Quando ele chega, uma velhinha que roubá-lo. O taxista fica insistindo que o táxi não é dela, que uma tal de luiza chamou, que não é pra ela entrar. A velhinha chata não se liga ou finge não se ligar, está levantando a perninha pra entrar quando eu dou uma cortada nela e entro no táxi. Sim,alguns podem dizer que eu roubei um táxi de uma velhinha, mas eu não concordo. O TÁXI ERA MEU!!!! EU CHAMEI O TÁXI!!! EU TENHO MEUS DIREITOS!!!! sério, se ela tivesse pedido pra mim ou falado com o taxista eu teria cedido o táxi sem problemas. Acontece que o taxista estava falando pra ela: "eese táxi é pra luiza, a senhora é a luiza???" e ela ignorou totalmente (e ela estava vendo e ouvindo muito bem, dava pra ver na cara dela. Enfim, sou uma pessoa má, e daí??? ninguém entra aqui mesmo. e aposto que o lulu sempre pega táxis de velhinhas e, se ele pode, eu também posso.
pra me punir, o cara lá de cima decide usar ironia: acordei com gripe (veja lá em cima o nome da peça). Mas não me arrependo, o táxi era meu, mas só estando lá pra saber...

sábado, março 20, 2004

Este poema saiu do meu caderninho azul, e é uma homenagem aos poemas chatos que eu escrevi em festas chatas. Como vocês podem deduzir, eu faço poemas chato-temáticos. Quando estou em uma festa chata, faço poemas sobre festas chatas. Quando estou numa aula chata, faço poemas sobre aulas chatas. Infelizmente para mim, para você e para a floresta amazônica, todas as aulas e festas são chatas. Mas para a nossa sorte futura, menciono que não vou mais em festas e gradualmente estou deixando de ir pra aula e virarei uma freira num convento isolado e vou ter uma horta e só vou assistir TV quando o papa vier pro Brasil.

finalmente encontrei meu canto nesta festa
minha caneta bic preta
uma pilha de guardanapos azuis
a cadeira é confortável e a luz é boa
minha visão da festa é limitada mas mesmo assim conto 3895 casais
alguns em cantos menos iluminados que o meu
outros, desavergonhados, na frente de todos
decido escrever o poema:
Guardanapo 01-
"3895 casais
sem se largar
eu aqui de caso com minha bic preta
pra bom entendedor
3 milhares, 8 centenas, 9 dezenas e 5 unidades devem bastar"
escrevo o poema mas não gosto de pontuar

nossa, vou perder toda a minha pequena audiência depois dessa tristeza de poema

vou dar um tempo no post da MARIBU (imagine que chato pra quem lê isso aqui e não sabe quem é MARIBU) pq ainda estou indignada de não poder colocar fotos. Estou preparando um post sobre o dalton "o vampiro de curitiba" trevisan.
agora que falei em ficar indignada senti um impulso de fazer mais uma lista sobre as coisas que me indignam e que estão me atazanando no presente momento da minha vida, mas não há papel no mundo pra fazer essa lista e só a menção de fazer mais uma lista (tenho milhares de listas, tenho inclusive uma lista das listas que eu tenho) já me faz considerar a altura da minha janela até o chão.
vamos ver quantas pessoas comentam sem que eu tenha que pedir por favor...

segunda-feira, março 15, 2004

Confesso que abandonei o blog depois de descobrir que não dá pra colocar fotos. Já tinha um post todo planejado sobre a MARIBU, com fotos e tudo. Mas, agora, vcs vão ter que esperar o meu livro pra ouvir falar da MARIBU pq eu me revoltei. A MARIBU que espere, ela tem paciência de santa (levanta a mão quem entendeu...). E acho que só demora mais uns quinze anos pro meu livro sobre a MARIBU ficar pronto. Aguardem....
Depois do desabafo......não sei mais o que escrever. A Maíra contribuiu com mais duas perguntas idiotas, mas eu não me lembro quais (eh-lai-á) e a aula de filosofia mecanicista rendeu mais um poema concreto:

DESCARTES-ME

quem entendeu, entendeu. quem não entendeu, tudo bem, nem eu.

Falar em filosofia, a Federal começa hoje pra atazanar a minha vida como se ela já não fosse atazanada o bastante. Mas, tudo bem, tudo tranquilo. Quinta estou eu no show do BB King (segundo balcão, fundo e canto, mas pelo menos eu vou) e já garanti ingresso para as peças que eu mais quero ver no festival(segundo balcão, fundo e canto novamente, mas é melhor que não ir). Acho que vou em mais algumas do fringe, mas daí eu compro na hora... Aposto que nessas eu consigo a platéia central bem na frente. E já sei que não vou bater meu recorde de 13 peças do ano passado. Se eu for em umas sete já tá de muito bom tamanho. Então encerro hoje sem poemas, sem perguntas, mas mantendo fiel a vontade de escrever besteiras sem sentido. Prometo (mas nem sei se vou cumprir) não demorar tanto no próximo post.

tchauí tchauí tchau tchau MARIBU manda um alô: "Vocês leiam daí que eu escrevo daqui" (levanta a mão quem entndeu)

sexta-feira, março 05, 2004

vou dar uma "preview" das "151 perguntas", também conhecidas como "as coisas idiotas que fazemos durante aulas extremamente chatas para não morrer de tédio". juro que consegui criar 151 dessas pérolas.

cheddar ou catupiry? (já citada antes)
nescau ou toddy? (cara, quick de morando também é bom...)
john ou paul? (ringo não conta)
sgt. peppers ou pet sounds?
barba ou bigode?
rider ou havaiana? (quem é que usa rides hoje em dia???)
sukita ou fanta? (ainda existe sukita?)
soneca ou cochilo? (pode ser pestana, também)
jackie chan ou jet li? (tem diferença???)
joelho ou cotovelo? (qualquer um dos dois pode ser cara de bêbê)
bono ou trakinas? (amandita ou chocookie...)

e esses são alguns poucos exemplos da minha lista.
Dani, se vc estiver lendo, me ajuda a colocar o trocinho dos comentários... Vai que alguém quer contribuir pra minha lista. Quem sabe a gente não entra no Guiness. Ah, pensei em outro, Guiness ou Guia dos Curiosos?? cara, isso vicia.
Quando eu fiz meu teste vocacional (que não serviu pra nada, mas minha mãe insistiu), o filósofo clínico ( gente chique é outra história) aplicou um teste. Era o seguinte: eu tinha dez minutos pra escrever quantas palavras eu lembrasse com a letra C. Não valia coisas como:olhar, olhava olhando, olhou, etc. Eu até que consegui bastante, mas depois passei duas semanas tantando me recuperar. Às vezes, no meio do ônibus, eu me lembrava de palavras que eu não tinha colocado e instintivamente falava: "droga! caucasiano!!!! como é que eu fui me esquecer de caucasiano??? eu sou uma burra" (por favor, sem comentários irônicos).
Palavras como cafajeste, camomila e conversão... Droga! Acho que ainda não me recuperei. E ainda mais esse novo vício das perguntas pra me atazanar.... SOCORRO!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, março 04, 2004

Tive aula de Antropologia por seis meses com uma professora de Santa Catarina que, por favor, podia muito ter acabado de sair da sexta série. Quando ela entrou em sala a primeira coisa que nos passou pela cabeça foi: aula trote. E nem se deram ao trabalho de escolher alguém mais velho.
Sentada naquela cadeira imponente, frente àquela mesa gigante de quando a federal ainda recebia verbas, os pés all-starzados da moça nem encostavam no chão. Não era aula trote. Ela até que sabia a matéria, só não sabia dar aula, com todo o respeito. Era tãããããão chato. Pior era ver aquela gente aplicada anotando tudo. Durante esses seis meses eu devo ter lido pelo menos uns cinco livros durante as aulas e escutei apenas uma frase: "as coisas são boas para se pensar". Mas não me concentrei o suficiente para ouvir quem tinha dito isso. Não importa. É mentira. Seis meses dessas aulas me deram tempo pra pensar, e olha o que aconteceu :

"Poema concreto da lívia
fórmulas
for mulas"

"um inseto morreu e sujou a minha calça
e eu não sei se estou chateada
por que o inseto morreu ou
se por que ele sujou a minha calça.
eu não tenho coração,
eu dou risada em horas inapropriadas"

"leminski vai à minsk
protegido por seus bigodes
e pela cachaça que traz na mala
logo coloca o chinelo e a camiseta
porque é bom curitibano
e o frio não atrapalha"

"eu escrevo errado por linhas certas
não sou deus, mas tenho senso de estética"

"poema concreto
papel-tinta-água-cimento"

Sobreviveu? Ainda acha que pensar nas coisas é bom??? Estou aqui inaugurando o movimento anti-pensamento. Se esses terríveis poemas concretos não te convenceram semana que vem eu coloco"151 perguntas estúpidas" como: cheddar ou catupiry? Pare de pensar, crie um blog!!!