sexta-feira, abril 30, 2004

Faculdade de Jornalismo: 700 reais
Psicóloga: 50 reais por sessão
Remédio pra gastrite: 18 reais
Internet ADSL: sei lá quantos reais
Conta de telefone celular: uma fortuna
Sofrer nas mãos do Zanei e ainda pagar pra isso: NÃO TEM PREÇO

COMUNICARE É: MÓC, gastrite, olheiras, tremedeira, segunda-feira em pânico, rugas, stress, cinco anos a menos de vida, eureka lento, ser sorteado por último na hora de escolher pautas, editoria unida, conversa no msn, domingos inteiros perdidos, pasta quase pronto, perder ponto, mandar e-mail desesperado pra fábis remarcando horário, welcome to zánei’s room, ter vergonha de distribuir o jornal, ter medo das entrevistas, não poder dizer “eu acho”, ser pressionado para ganhar o sangue novo, fugir de fininho da aula da queila, contar caracteres, sofrer com a diagramação, tirar foto em preto e branco, muita risada nervosa, pânico, torcer pro ombudsman não te criticar, dar idéia pra charge da Maíra, levar sempre cópia em disquete, ser transferido de telefonista para telefonista, páginas de bloquinho rabiscadas, descobrir que os dados que você procura não existem, insônia, cansaço, medo de escrever besteira, ter vergonha de perguntar a idade das pessoas, uma chatice sem fim, tentar descobrir o maldito gancho, acertar o lead, decidir gravatas/suspensórios/olhos/legendas/títulos, lembrar de colocar o número e a editoria na página, fazer mágica no photoshop, odiar o pagemaker por tudo que é mais sagrado, torcer pra que nenhum leitor escreva desmentindo a sua matéria, rezar pra que sua crítica não seja tão ruim, ter pena dos calouros que vão ter que passar por isso, ter inveja dos veteranos que já passaram, quanda acaba um já tem outro, mostrar pra vó a sua página, querer pegar a página colorida, o fórum cheio pq senão perde nota, não ter mais tempo pra viver, colocar o matéria na pasta 11:57 domingo de noite, torcer pro zanei estar de bom humor, suar a camisa e sujar a camiseta na hora da distribuição dos jornais.

Qual a sua opinião? Você tem algo a acrescentar? Passou só pra dar um oi? Ora, use os comentários, eles estão lá pra isso.
Segunda-feira: mega-post gigante. Venham conferir.
BOM FERIADO!!!!

segunda-feira, abril 26, 2004

São tantas emoções. Passei o fim de semana com gripe, levei duas injeções extremamente doloridas e abandonei o comunicare nas mãos da coitada da Maíra. A única coisa que fiz foi instalar o MSN e hoje já vou desinstalar o negócio. Odiei. Na dá pra fazer mais nada na vida... e eu não tenho tempo pra ficar em MSN.
Então, nenhuma emoção jornalística, nenhuma controvérsia... já vi que os cometários estão decaindo, mas fazer o que? Minha vida é chata mesmo.
Li no caderno do estudante que talvez a federal entre em greve. Desde que eu entrei estão ameaçando grave. Só ladram mais não mordem. Eu acho que devia ter greve. Não sei o que os professores querem, não sei as motivações, não sei de nada, mas eu quero greve. Faz parte de ser um aluno de faculdade federal. Eu escolhi um curso pouco concorrido pra garantir a entrada e poder reclamar que não tem professor nem aula, pra ser importunada com folhetos comunistas, pra ficar vendo barbudos de havaianas e tudo mais. Ninguém entra na federal pra ter aula (pelo menos não no meu curso...) . Como é que eu posso passar quatro anos na faculdade sem participar de passeata, sem passar numa matéria sem ter ido pra nenhuma aula, sem passar por greve??? Minha vó ficaria muito decepcionada comigo. Então apoio os professores (exceto se eles apoiarem o Lula *controvérsia*) e GREVE 4EVER, seja pelo que for.

É lógico que eu não estou com vontade de perder minhas férias..só coloquei isso aqui pra levantar os comentários. Falem mal de mim, se quiserem, eu quero atenção, sim!! Tive um blog secreto que só eu conhecia por um ano. Resolvi fazer um blog público pras pessoas lerem e comentarem...cedi ao sistema, então me agradem. Ain’t too proud to beg.
Por hoje é só, pessoal. O resto é silêncio.

segunda-feira, abril 19, 2004

MICHELLE, COMPRA UM TECLADO NOVO!!!!!!!! MAÍRA, COMPRA UM NORTON ANTI-VÍRUS!!!!

Então, estou aqui na casa da michelle supostamente fazendo o comunicare e o teclado é uma droga!!!! !demora horas para escrever e nenhuma tecla funciona(vc tem que bater com muita forca ( e não tem cedilha) ). Dá vontade até de desistir de escrever. Vou contar a história da minha editoria em busca da matéria perfeita (ou que possa se passar por perfeita pra que a gente não perca ponto).

SÁBADO

Antes de tudo, a Maíra me deixou meia hora esperando e eu tive que passar o tempo todo conversando com o porteiro pra não parecer mal educada (não sei nem pq eu tento fingir ...)
E ficamos eu e o porteiro naquela de “será que vai chover?” ESSE TECLADO É MUITO RUIM!!!!!!!

..................................

Pronto....cheguei em casa, onde o teclado é bom e o computador não trava (muito).

Então chega a Maíra e eu finalmente paro de jogar conversa fora com o porteiro e começo a jogar conversa fora com ela. A menina está nervosa. Ela está muuuuito nervosa. Aparentemente um certo alguém ligou pra ela no celular e coisa tal. Ela conta que teve que descer do carro e ligar pra tal pessoa de um telefone público e gritou um monte e agora a garganta dela está doendo e talvez ela pegue uma gripe. Se eu soubesse dirigir não tinha deixado ela ficar dirigindo, ela parecia uma pilha. E lá vamos nós, quando, em plena avenida sete de setembro, sábado a noite, a guria bruscamente estaciona o carro e começa a gritar e bater o pé compulsivamente. Ela gritava coisas como “aquele idiota. IDIOTA!!!!” e “eu não sei onde fica a porra do barigui!!”.
Olha, falando sério: eu não sou uma pessoa normal e bem ajustada. Eu preciso ter amigos normais, que me dêem estabilidade emocional. Eu não posso sair por aí com gente neurótica e obsessiva que nem eu. Então lá estou, tentando manter a compostura em um momento crítico quando, como uma interferência divina, ouço uma batidinha na janela.... É a MARINA LIMA!!!!!!!!! Sim, a marina lima irmã da Maíra lima, não a cantora. É um sinal de que tudo vai acabar bem (mas ainda falta muito pra acabar) . Ela nos salva explicando onde fica “a porra do barigui” e acalmando a irmã neurótica dela. O que a irmã da Maíra estava fazendo passeando na sete oito e meia num sábado à noite eu nem sei nem quero saber, mas agradeço mesmo assim. E nós seguimos viagem.
Chegando no Barigui Park Shopping, conseguimos uma boa vaga no estacionamento. Decidimos que antes de entrar na loja e fazer a entrevista é melhor decidir o que vamos perguntar. Como a gente não tem idéia sobre o assunto da nossa editoria, acabamos entrando novamente em crise e passamos meia hora sentadas dentro do carro no estacionamento sem coragem pra sair. Quando finalmente saímos do carro e entramos na loja, não temos coragem de abordar o vendedor pra fazer a entrevista. Ah, a vida seria tão mais fácil se a gente fosse normal.... Passamos mais vinte minutos só andando pela loja até que decidimos que jornalismo não é pra gente, que vamos trancar a faculdade e virar vagais. Saímos da loja sem a entrevista e fomos comer empadinha do Caruso (muito boa e tradicional. Eu recomendo). A gente conversa e eu quase consigo convencer a Maíra a me contar um segredo que já faz meses que eu quero saber. Um dia eu ainda consigo.
Depois da empadinha nós críamos vergonha na cara e voltamos pra loja, com o shopping quase fechando. A Maíra se enrola, mas eu crio coragem e vou falar com o vendedor. A entrevista dura uns cinco minutos e pronto, acabou. Nem foi tão horrível. Deixa eu abrir um parênteses pra dizer: VIVA O MÓC!!!!!!!!!!!!!!!

Como nós somos muito patéticas, fazendo trabalho num shopping em plena noite de sábado, decidimos coroar o cenário deprimente indo no cinema. Não tinha nenhum filme bom passando no horário que a gente queria. Ficamos entre Mar de Fogo e Underworld. Como nós somos imbecis, quase que criamos uma úlcera só de indecisão, não sabendo que filme escolher. Finalmente nos decidimos por mar de fogo e compramos os ingressos. Na fila da pipoca, a Má encontra um amigo de Biologia que diz que vai assistir Underworld pq deve ser muito bom e blábláblá. Ele fala o suficiente pra nos deixar na dúvida sobre que filme assistir de novo. Vamos entrando pelo corredor do cinema e vemos que as salas dos filmes estão uma na frente da outra. Eu digo: “Maíra, se vc quiser assistir o outro filme ninguém vai saber que a gente comprou ingresso errado. É só escolher direita ou esquerda. Eu vou atrás de vc e te sigo. Pode escolher.” Certinha do jeito que é, a Maíra foi entrar no sala do Mar de Fogo, filme pra qual nós tínhamos comprado o ingresso. Mas adivinha se ela entrou??? Nããããoooo. Ela só abriu a porta e mudou de idéia e foi pra sala do Underworld. Sério, essa guria é pior que eu. E foi assim que assitimos Underworld e não Mar de Fogo. Este é o tipo de história que eu vou contar pros meus netos se algum dia eu tiver netos.
No estacionamento do shopping a Maíra entrou na contramão. Pq é q todo mundo faz isso quando eu estou por perto????É um complô???? Sem contar que a gente não viu a entrada pra voltar pro centro e teve que ir até depois da Ecoville antes de voltar pra civilização.

Eu até ia contar de tudo que aconteceu no domingo, mas apesar do dia ter sido bem legal (vários ataques de riso) acho que ia ficar chato no papel. A mi vai querer me matar, mas eu vou ficando por aqui pra não chatear a vida das pessoas que lêem nem a minha, que tô muito cansada e ainda tenho um monte de coisa pra fazer . Quem sabe outra hora eu conto. Acho que este post ficou meio dãããã... vou ver se consigo postar alguma coisa durante a semana (tem feriado e talvez dê tempo). Sem maiores explicações vou ficando por aqui, com muito stress e dor de cabeça - tudo culpa do zánei e do comunicare. Affff.

domingo, abril 11, 2004

UM TEXTO MENOS ENGRAÇADÃO

Quem entra nesse blog já sabe que o que vai encontrar: textos sem nexo, pseudo-poemas concretos etc. Já sabe o que NÃO vai encontrar: fotos (a indignação continua), enfeitinhos e coisinhas bonitinhas em geral. Foi um sacrifício pra minha cabeça lesada conseguir colocar lugar para comentar, então percam a esperança que eu me empenhe e coloque qualquer outra coisa (tipo blogs amigos, uma pequena biografia etc) nesta página pré-fabricada pelo blogspot. Na verdade, tudo isto é bom, de uma maneira estranha. É bom pq me força a fazer a coisa menos feita nos blogs atuais: ESCREVER. Isto deixa para vc, caro leitor, apenas uma opção:ler. Dãããã... óbvio, eu sei. Vc também pode air... a escolha é sua. Se vc chegou até aqui é pq está lendo, mas precisa ver quando tem um texto (não precisa nem ser muito grande) em qualquer lugar, como o pessoal simplesmente não se dá ao trabalho de ler. Vou escrevendo, evitando a muito custo o “querido diário, hoje eu fui para a aula...”. Aliás, quero agradecer a todo mundo que comenta, valeu pessoas (ta certo que eu faço uma certa pressão, mas enfim...) Já estou preparada pra não ter comentários neste post sério e sem polêmica, mas algumas vezes vc tem que escrever o que está afim. Já basta a faculdade me mandando o que escrever... e viva o MÓC!!!


Minha vó, que faz o melhor rosbife do mundo, foi vizinha de um vampiro por mais de trinta anos. Hoje, quase dez anos depois dela se mudar, eu sei que o vampiro não era um vampiro, mas sim um “ vampiro”, com aspas. Na época eu e minha prima tínhamos certeza de que a casa ao lado era mal assombrada. Os adultos não só não procuravam nos esclarecer como incitavam a nossa imaginação. Em sete anos de almoço todos os domingos e férias ralando o joelho e tomando banho de mangueira nós nunca vimos o misterioso morador. Fazia sentido: vampiros só saem de noite. A casa era cercada de árvores, mas da janela do quarto da minha tia, no segundo andar da casa, era possível ver uma janela que dava para um escritório. Sim, um escritório. Nosso vampiro era um intelectual.
Tão forte estava a imagem do monstro na minha cabeça de sete anos que demorei até pensar no vizinho como Dalton Trevisan (pois é este o vampiro, pra quem ainda não sabia). Hoje já virou história. Sempre que passo na Amintas com alguém, relembro os fatos e lamento a situação da casa da minha vó, que agora virou um local, digamos, não-familiar.As janelas estão todas pintadas, quando paramos o carro na frente da casa para olha-la e lembrar dos velhos tempos (eu tenho 18 anos!!!) logo vem um segurança pra fazer a gente ir “circulando, circulando!”. Penso se o Dalton (porque já somos íntimos, mesmo sem nos termos conhecido) prefere os vizinhos de agora ou as duas gerações de crianças que viviam enchendo sua paciência.
Minha mãe, tia e tio contam as mesmas histórias que agora eu e minha prima (não que ela se lembre, nem nada – acho até que ela esqueceu que eu existo) contamos. A bola que caía no quintal do vampiro era bola perdida, ele até devolvia, mas inteira furada por uma faca. Ainda bem que nunca nenhuma pessoas caiu do muro dentro da casa dele. A primeira geração era muito educada ou assustada para se defender, mas a geração seguinte não se fez de rogada: eram papéis de bala de hortelã (nunca gostei de bala de hortelã) e ossos de galinha jogados aos montes por cima do muro. Meia hora depois ele jogava tudo de volta e minha vó ficava muito irritada por ter que limpar toda a bagunça. Minha vó tinha uma dispensa gigantesca. Se o Brasil entrasse em guerra e em racionamento, aquela despensa poderia sustentar a família por pelo menos um ano. Caixas e caixas de Cini Gengibirra.
Minha mãe conta da vez em que estava no quintal cantando, feliz e contente, satisfeita com a vida (coisa rara para todos nós) quando ouviu o vampiro perguntando: “menina, vc gosta de cantar???”. Sim, sim, acreditem ou não o vampiro fez a batida piada do “então aprenda” com a coitada da minha mãe, que é possivelmente a única pessoa no mundo mais traumatizada do que eu e que ainda remói esse episódio 30 anos depois. E o pior: eu me sinto mal com isso. Eu- me- sinto -mal- com- uma- coisa- estúpida- que- aconteceu- com- a- minha- mãe- trinta- anos- atrás- mas- eu- juro- que- não- sou- louca- e- para- os- interessados- minha- mãe –canta- muito- bem– e- não- estou- mentindo.
Se falo sobre Trevisan é pq sou uma verdadeira curitiboca (apesar de agora, infelizmente, estar de mal com a cidade). No fundo sou obcecada por Curitiba.Tudo nela me atrai, ou costumava atrair... Apenas acho que preciso de um pouco de distância para não me afogar nestas características tão únicas e sufocantes. E sério, ninguém me agüenta mais quando falo do vampiro e da casa da minha vó. Ô história batida... mas deu vontade de escrever e cá estou. Mas chega por agora. Quem sabe (com certeza) eu volte a escrever sobre esse tema. Eu sempre acabo andando em círculos, mesmo. Até mais, que quiser saber mais que leia o COMUNICARE – Mitos Curitibanos.... se tiver coragem!!!!...


Como não podia deixar de ser, alguns dos poemas ridículos que faço:



"Pelo quintal de pedras vermelhas
Brincam as crianças com o vento nos cabelos
Corre, riem, dançam e pulam
O vizinho pede para que acabem com o barulho
Mas elas nunca o vêem
Pois vampiros só saem no escuro"

"O vampiro não saiu de sua toca
Mas furou com sua faca uma bola
Das crianças que brincavam na vizinha
Irritadas elas respondem jogando ossos de galinha
E papéis de bala de hortelã
O vampiro nem se incomoda
O vampiro é Dalton Trevisan"

segunda-feira, abril 05, 2004

Tá, é só eu reclamar que não tem comentário e olha só o que acontece.... acho que vou reclamar sempre. Ta certo que o assunto era polêmico e que só eu comentei umas 4 vezes, mas foi legal...não foi??? Agora quero ampliar o público, sem perder o público antigo (olá, pedreiras). Estratégia de marketing. Se o lulu pode, eu também posso.
Enquanto a Maíra e a Michelle fazem o trabalho, eu atualizo. Sob pressão. Me disseram até o tema, não tem escapatória. Se eu não escrever sobre o churrasco acho que ninguém mais entra no blog.

Antes de começar, quero só dizer que as atualizações vão ocorrer uma vez por semana, na segunda-feira, pq tem “aula” na internet.

Na sexta feira, a Bárbara me ligou para oferecer carona, mas eu tava na sala lendo um livro de patinação e não escutei o celular, que tava no meu quarto. Aí quando eu vi que ela tinha ligado fiquei com vergonha de retornar e mandei uma mensagem. Carona combinada. A michelle foi junto e a Núria ia também mas ficou doente. Quero agradecer a Luiza que também ofereceu carona, mas a Bárbara chegou antes pq eu sou muito requisitada e nenhum pouco nerds. Nem um pouco mesmo. Não tem nada de nerds em mim. O fato de eu ficar entrando e saindo do eureka só pra ter mais acessos não é sinal de nerdeza.

Então sábado fomos nós: as perdidas. Michelle, Bárbara e eu. Sem lenço, sem documento, sem mapa, sem senso de direção. Não sabíamos nem se era em pinhais ou piraquara, e ainda que soubéssemos, não sabíamos pra que lado era. Aproveito pra agradecer a irmã da bárbara que nos ajudou dizendo “é pro lado do jóquei” e a bibiana que disse “tem uma placa do Álvaro Dias”. Sem esses conselhos nada teria sido possível....

Quase duas horas mais tarde e a gente foi e voltou trezentas vezes, ninguém sabia dar informação e um idiota num escort vermelho tentou colocar a gente no caminho errado. Paramos num posto onde eu comprei doritos e amandita pq não tinha almoçado e tava com um presságio que não ia ter comida no churrasco (mas tinha). Deixe eu falar que o caminho inteiro eu tive que ir escutando pagode. Sério, não é brincadeira. PAGODE. Se eu soubesse que is sofrer assim não tinha roubado o táxi da velhinha.

Finalmente chegamos no sétimo CACOMjunção carnal e ganhamos......UMA CANECA!!!! YEEEEEY!!!!! Sempre quis uma caneca. Meu sonho se realizou. O tio da carne tava meio bêbado. Ele fez uma carne bem passada pra gente, falou dos escoteiros, passou receita de mandioquinha e na hora de colocar a carne no pão não conseguia acertar o garfo na carne, de tão bêbado. Meio perigoso: o cara tava mexendo com álcool, fogo, faca e espeto. Pense em todas as probabilidades de acidente...

Falando nisso, quando escureceu, acenderam tochas e colocaram nas barracas de bebida. Eu olhei pra maíra, ela olhou pra mim... aquela cara de “o teto da barraca vai pegar fogo”. Adivinha o que aconteceu????? Siiiiiiiiiimmmm... o teto da barraca pegou fogo. Nada grave. Uma caloura jogou cerveja na Lu e na Dani, um desconhecido jogou cerveja na Dani, a Lu brigou com uma caloura, a Michelle ficou com o Harry Potter 2 (só 5 minutos, dái ela fugiu e foi embora).

Bandas: o cantor da primeira banda era muito desafinado. A segunda banda foi muito engraçado de ver (não bom, en-gra-ça-do). O vocalista era muito almofadinha. Era até estranho ver um cara daqueles numa banda. Muuuuito boyband. Só que a banda era de soul... Uma hora apareceu do nada um DJ e ele começou uma música meio hip hop. Eis que o vocalista começa a dançar à la rapper. Fazia todos o gestos “pô, mano”. Batia a mão no peito, fazia aquele gesto “tô te contando uma coisa e girando o braço achando que vou voar e repare que minha mão tá imitando um revólver”. Lógico que ele não tinha um revólver. Ela tava só achando que tava abafando. ACHANDO. Mas se a gente fechasse os olhos a banda até que era boa.

Lógico que a Michelle começou a imitar bem na cara do palco. Daí todo mundo começou a imitar, tirando uma com o cara. No final da música ele tem a retardância (acabei de inventar essa palavra) de agradecer a gente pelo apoio e dedicar a musica pra gente. Valeu. Fala ssssério.

Então: A VOLTA ou QUASE MORREMOS POR CULPA DA LYANE.

Deixa eu só comentar que estou lendo Shakespeare. Pq eu sou chique e não sou nerds. Nerds, o que é isso?
Tá, a volta foi emocionante. Depois de infindáveis discussões sobre quem vai com quem (esqueci de dizer que o Fusca passou mal...) entramos no carro eu, a lyane, a bárbara, a michelle e a carol garden que até aqui não tinha sido mencionada. E vamos nós. PAGODE. E PAGODE e PAGODE. Mas eu sobrevivi .... ou quase.
Deixamos e lyane em casa e ela nos deu informações sobre como voltar para civilização. O que nós não sabíamos era que ela estava tentando nos matar. ASSASSINATO. Preciso arranjar novas amizades. Semana passada a Luiza quis matar a velhina, essa semana a lyane quis matar a gente, a bárbara e a michelle querem me envenenar com pagode. O mundo é uma conspiração e eu sou a vítima (se eu sou filha única???? Nãããããoooooo, imagina).
Enfim, ela mandou a gente entrar na contramão!!!!! Com um monte de carro vindo contra a gente..... só nos restava subir no canteiro do meio da rua. A bárbara se apavorou e largou o volante, a michelle xingava o outro carro e a carol garden, bem .... o que fez a carol garden??? Quem matou Lineu??? Cinco minutos depois do quase acidente, senti que tinha algo me incomodando. Percebi que eram minhas unhas enfiadas na minha mão. Tava ficando roxo. Ia sangrar. Era medo.

Fora isso tudo correu bem. A michelle chegou a tempo na festa de quinze anos da neta da manicure dela. Eu cheguei bem em casa e dei minha caneca pra minha mãe. Tudo está bem quando acaba bem. Mas a lyane me paga.