PARTE 3 – DO YOU WANT TO TAKE ME OUT TO THE MATINEE, MICHAEL?
O Franz Ferdinand não recebeu nem metade dos aplausos que deveria quando subiu ao palco; pena. Eu tinha na minha cabeça a lista de músicas que queria que eles tocassem, e tinha esperanças de que ela fosse quase que completamente atendida, uma vez que eles só lançaram dois discos, então não tem taaantas músicas assim. Das 11 canções da lista, apenas duas ficaram de fora: Eleanor Put Your Boot On e Come On Home, provavelmente por que iriam destoar em um show cheio de músicas animadas. Os hits estavam todo lá, mas a platéia não se empolgou. Não sei o que acontece com esse povo. Gastaram um dinheirão nos ingressos (que já não foram fáceis de conseguir), muitos vieram de outras cidades, alguns dormiram na fila e nem se deram ao trabalho de baixar umas músicas da banda de abertura? Nem os singles, pó? Ficaram sentados (os que podiam) ou de braços cruzados enquanto o fofo do Alex Kapranos fazia exercícios de ginástica e tocava guitarra ao mesmo tempo. A única canção que animou um pouco o pessoal foi Take Me Out – essa foi legal pois todo mundo cantou junto, o que eu estava doida pra fazer, em especial aquela hora em que Alex canta “I say.....” e todo mundo junto berra “TAKE ME OUT” (tá, eu sei que a música inteira é basicamente isso, mas tem uma parte em especial que eu to mencionando aqui!). O começo desse música é de dar arrepios.... “So if you’re lonely..” – com aquela guitarrinha de fundo.
Tirando o fato de que o clima geral do público não era dos mais animados, o show foi fantástico. Podemos até dizer que foi feito pro nosso grupinho, pra mim especialmente, que estava dando um show a parte tentando cantar ainda mais alto que o Alex. E não tava nem aí com o povo olhando, se eles não aproveitaram o problema é deles! Acho que eles mais é que ficavam assustados quando o Franz tocava os primeiros acordes e eu já gritava feito uma louca o nome da música (Alex pegou num violão e eu já começava a berrar: “ele vai tocar walk away! ele vai tocar walk away! Eu amo essa música!!! WALK AWAAAAYYYY” e todo mundo me olhava como se eu fosse uma idiota. Sim, mas pelo menos uma idiota feliz escutando Walk Away...) Felizmente o grupo que me acompanhava só olhou estranho e deu risada mas não tentou me impedir de gritar e pular durante Do You Want To, Matinee e Michael. Valeu galera!
O Franz Ferdinand não recebeu nem metade dos aplausos que deveria quando subiu ao palco; pena. Eu tinha na minha cabeça a lista de músicas que queria que eles tocassem, e tinha esperanças de que ela fosse quase que completamente atendida, uma vez que eles só lançaram dois discos, então não tem taaantas músicas assim. Das 11 canções da lista, apenas duas ficaram de fora: Eleanor Put Your Boot On e Come On Home, provavelmente por que iriam destoar em um show cheio de músicas animadas. Os hits estavam todo lá, mas a platéia não se empolgou. Não sei o que acontece com esse povo. Gastaram um dinheirão nos ingressos (que já não foram fáceis de conseguir), muitos vieram de outras cidades, alguns dormiram na fila e nem se deram ao trabalho de baixar umas músicas da banda de abertura? Nem os singles, pó? Ficaram sentados (os que podiam) ou de braços cruzados enquanto o fofo do Alex Kapranos fazia exercícios de ginástica e tocava guitarra ao mesmo tempo. A única canção que animou um pouco o pessoal foi Take Me Out – essa foi legal pois todo mundo cantou junto, o que eu estava doida pra fazer, em especial aquela hora em que Alex canta “I say.....” e todo mundo junto berra “TAKE ME OUT” (tá, eu sei que a música inteira é basicamente isso, mas tem uma parte em especial que eu to mencionando aqui!). O começo desse música é de dar arrepios.... “So if you’re lonely..” – com aquela guitarrinha de fundo.
Tirando o fato de que o clima geral do público não era dos mais animados, o show foi fantástico. Podemos até dizer que foi feito pro nosso grupinho, pra mim especialmente, que estava dando um show a parte tentando cantar ainda mais alto que o Alex. E não tava nem aí com o povo olhando, se eles não aproveitaram o problema é deles! Acho que eles mais é que ficavam assustados quando o Franz tocava os primeiros acordes e eu já gritava feito uma louca o nome da música (Alex pegou num violão e eu já começava a berrar: “ele vai tocar walk away! ele vai tocar walk away! Eu amo essa música!!! WALK AWAAAAYYYY” e todo mundo me olhava como se eu fosse uma idiota. Sim, mas pelo menos uma idiota feliz escutando Walk Away...) Felizmente o grupo que me acompanhava só olhou estranho e deu risada mas não tentou me impedir de gritar e pular durante Do You Want To, Matinee e Michael. Valeu galera!
E, como em todo show, não era só por que a platéia deu um gelo na banda de abertura que ela saiu mais cedo do palco... Deveriam era ter aproveitado, bando de bobos. Tinha gritado tanto que minha garganta ardia, minha boca estava seca, meu pé estava dormente, meu joelho já quase desistindo. Mas sabia que aquela não era a hora de desistir, o melhor ainda estava por vir e, mesmo que não tivesse uma gota d’água sequer que pudesse melhorar nossa condição, íamos agüentar firme até o final. E agüentamos. Quase...
PARTE 4 – E VAMOS AO QUE INTERESSA
As luzes apagaram, o som aumentou, e o que eu ouço senão os primeiros acordes de Wake Up, do The Arcade Fire??? Furei muito em não ter ido no Tim Festival ano passado, por isso aproveitei cada segundo dessa música tocando alto em um estádio pra 70 mil pessoas. Mas, de repente, não era mais Arcade Fire que estava tocando, e sim City Of Blinding Lights. Aquele ser não muito longe de nós era ninguém menos que The Edge, e do meio da fumaça, eis que surge Bono Vox (é Vox ainda??? Agora só chamam de Bono...). Como resultado dessa entrada do U2 no palco, não consigo mais escutar esta música sem sentir um nó na barriga e um “não acredito que isso aconteceu de verdade” na cabeça.
Pra acabar de vez com o público, lá vai Elevation e Vertigo. Ou Vertigo e Elevation, não lembro bem. A partir daí é tudo fantástico. Still Haven’t Found What I’m Looking For é de arrasar qualquer um, ainda mais com um coro de milhares de pessoas. Como estávamos bem na frente, ouvíamos de todos os lados as vozes do povo presente no estádio. Quando Bono e The Edge viram para o nosso lado e ficaram na passarela bem na nossa frente, dava pra ver os detalhes das roupas, as entradas na testa do Bono que o tornam um quase-careca e as sardas no cotovelo do The Edge. Por sorte aquele lugar ia ser bem frequentado durante a apresentação e cada vez que alguém da banda passava por ali, todo mundo se espremia e ficava ainda mais absurdamente perto. E foi ali que eles tocaram Stuck In A Moment e Sometimes You Can’t Make It On Your Own. Pra mim, esse foi o momento mais emocionante do show, sem dúvida alguma.
Nem menciono o telão, pois esse todo mundo já sabe que foi incrível. Fica até redundante falar de tudo: a declaração dos direitos humanos, a bandeira do Brasil, o COEXISTA genial que merecia um prêmio pra algum designer... E eu que achei que ia ter muito pra falar, no fim acabo falando pouco. Assisti a gravação da transmissão que a Globo fez do show esta semana e tá tudo lá. A Katilce rebolando e fazendo outras cositas mas com o Bono, o crucifixo no finalzinho de 40 (eita final dos bons!), a vaia pra Argentina. Só que, é claro, muito mais intenso, mais perto, mais emocionante e mais ao vivo. E sem o Zeca Camargo.
Acho que mais que o show (que já foi bom até demais), o melhor de tudo foi a companhia, os dois dias anteriores, a conversa de depois (fica pra próxima parte), a minha camiseta do Franz Ferdinand. Sim, o U2 fez uma apresentação avassaladora, e eu estava no melhor lugar pra assistir, mas com as pessoas certas também. Se não fosse com o Second Cup, quem sabe tivessem me pedido pra parar de ser ridícula no show do Franz, quem sabe não tivessem dado abraço coletico em One enquando milhares de celulares iluminavam o Morumbi, quem sabe (essa é com certeza!) não teria Hot Área de jeito nenhum. Então, já que estou escrevendo pra eles mesmo e alguns outros companheiros de outras aventuras, deixo um parágrafo especial:
Valeu Becca, Fabiana, Thaís e Felipe. E pra Nea e a Sans, que do México também pularam junto. Top 5, certeza! Vamos trabalhar nos 30%!!!
E depois de dois bis, quanto tudo teve fim, só faltava uma coisa: água. E depois que conseguimos água, continuamos a noite no estilo canadense: esperando o sol nascer. Fica pra próxima?
Acho que mais que o show (que já foi bom até demais), o melhor de tudo foi a companhia, os dois dias anteriores, a conversa de depois (fica pra próxima parte), a minha camiseta do Franz Ferdinand. Sim, o U2 fez uma apresentação avassaladora, e eu estava no melhor lugar pra assistir, mas com as pessoas certas também. Se não fosse com o Second Cup, quem sabe tivessem me pedido pra parar de ser ridícula no show do Franz, quem sabe não tivessem dado abraço coletico em One enquando milhares de celulares iluminavam o Morumbi, quem sabe (essa é com certeza!) não teria Hot Área de jeito nenhum. Então, já que estou escrevendo pra eles mesmo e alguns outros companheiros de outras aventuras, deixo um parágrafo especial:
Valeu Becca, Fabiana, Thaís e Felipe. E pra Nea e a Sans, que do México também pularam junto. Top 5, certeza! Vamos trabalhar nos 30%!!!
E depois de dois bis, quanto tudo teve fim, só faltava uma coisa: água. E depois que conseguimos água, continuamos a noite no estilo canadense: esperando o sol nascer. Fica pra próxima?