Quem quer ser jornalista tem que assisitir "O preço de uma verdade". Sei que é um título daqueles bem bregas, mas juro que vale a pena. Só não vão tentar imitar o Stephen Glass, jovem jornalista que forjou (inventou, alterou, modificou, criou do nada, etc) matérias para revistas importantíssimas, em especial The New Republic.
Pois é... Sabe aqueles dias em que você vai na locadora e tem a maior sorte com suas escolhas? Além do filme acima também aluguei "Galera do Mal", outro título em português meio cretino, mas o filme em si é ótimo. Tem até o Macaulay Culkin crescido e o menino de "Quase Famosos". Sem contar que ver a Mandy Moore de religiosa fanática é fantástico. Mas só pegue se você não se ofender facilmente com assuntos religiosos.
Ah, e tem "Os incríveis" também, mas esse dispensa apresentações.
E eu não sei o que acontece com o povo de direito, não. Se lembra quando a gente começa a primeira série (do fundamental, eu digo) e tem que ficar respondendo chamada? Começamos dizendo "presente", mas vamos crescendo e começamos a falar "presidente", "presunto" ou outras coisas do gêner porque nos achamos tããão engraçadões... Aí o tempo vai passando e começamos a responder somente um "eu" ou "aqui". Quando chegamos na faculdade, quando tem chamada, nos limitamos a fazer um grunhido tipo "hãnmumm". Mas não na faculdade de direito. Ah, lógico que eles tem que ser diferentes... Lá, todo mundo responde "presente", que nem na primeira série. Eu, como não quero ficar de fora (vou ter que passar 5 anos com eles), vou na onda. Às vezes penso se vamos evoluir durante esses cinco anos e se perto da formatura já estaremos respondendo a chamada com sons do tipo "grunnnhhaaaou"....
Estou formulando um tese sobre os cursos que já cursei (ou estou cursando) e como eles se relacionam com a escrita.
Os historiadores sérios, por exemplo, escrevem apenas para outros historiadores. Eles sabem que o público não se interessa por História, e sim por fofocas. Coisas do gênero: "Saiba tudo sobre Nefertiti", "A verdadeira história de Jesus e seu irmãos" e "Alexandre, o grande, conquistador ou boiola-mor?". Tudo bem que tem uns historiadores metidos, tipo o Will Durant, que se acha tão bam-bam-bam que resolve escrever a história da civilização sozinho, mas na maior parte das vezes o que chama a atenção do povo não é produzido pelos grandes historiadores.
Já os advogados têm como única missão ao escrever perpetuar a espécie. Explico: eles complicam tanto, mas tanto, que só um advogado pode decifrar o que eles escrevem. Assim, as pessoas "comuns" não vão entender lhufas e vão ter que contratar um advogado para fazer por elas algo que nem é tão complicado assim. Os advogados se protegem num clubinho exclusivo, que nem as panelinhas do colégio. Não respeitam ninguém, chegam falando alto e "botando ordem na casa", adoram o som da própria voz e o seu reflexo no espelho, mas, ei, quem sou eu pra ficar falando de algo que todo mundo já sabe...
Os jornalistas possuem a distinção de serem os únicos a serem odiados em igual escala tanto por historiadores quanto por advogados. O motivo é simples: jornalista acha que sabe de tudo, quando, na verdade, não sabe de nada. Isso é parcialmente verdade. Os jornalistas sabem fazer pelo menos uma coisa, que é escrever claramente. Não ficam enrolando até o mundo acabar. Vão direto ao ponto. O resto, contudo, é verdade mesmo: jornalistas são ignorantes metidos. Os outro dois, no entanto, são especialistas metidos. Vivem reclamando que jornalista se mete onde não é chamado (leia-se nos domínios do direito e da história). E o fato é que todo mundo acha que pode ser jornalista. O diploma não vale nada mesmo...
O certo mesmo é fazer que nem eu: falhar nas três profissões e me perguntar constantemente se não teria sido mais fácil se eu tivesse feito aquele curso de secretariado.
Tô séria hoje, né? Que chata que eu sou.
Pois é... Sabe aqueles dias em que você vai na locadora e tem a maior sorte com suas escolhas? Além do filme acima também aluguei "Galera do Mal", outro título em português meio cretino, mas o filme em si é ótimo. Tem até o Macaulay Culkin crescido e o menino de "Quase Famosos". Sem contar que ver a Mandy Moore de religiosa fanática é fantástico. Mas só pegue se você não se ofender facilmente com assuntos religiosos.
Ah, e tem "Os incríveis" também, mas esse dispensa apresentações.
E eu não sei o que acontece com o povo de direito, não. Se lembra quando a gente começa a primeira série (do fundamental, eu digo) e tem que ficar respondendo chamada? Começamos dizendo "presente", mas vamos crescendo e começamos a falar "presidente", "presunto" ou outras coisas do gêner porque nos achamos tããão engraçadões... Aí o tempo vai passando e começamos a responder somente um "eu" ou "aqui". Quando chegamos na faculdade, quando tem chamada, nos limitamos a fazer um grunhido tipo "hãnmumm". Mas não na faculdade de direito. Ah, lógico que eles tem que ser diferentes... Lá, todo mundo responde "presente", que nem na primeira série. Eu, como não quero ficar de fora (vou ter que passar 5 anos com eles), vou na onda. Às vezes penso se vamos evoluir durante esses cinco anos e se perto da formatura já estaremos respondendo a chamada com sons do tipo "grunnnhhaaaou"....
Estou formulando um tese sobre os cursos que já cursei (ou estou cursando) e como eles se relacionam com a escrita.
Os historiadores sérios, por exemplo, escrevem apenas para outros historiadores. Eles sabem que o público não se interessa por História, e sim por fofocas. Coisas do gênero: "Saiba tudo sobre Nefertiti", "A verdadeira história de Jesus e seu irmãos" e "Alexandre, o grande, conquistador ou boiola-mor?". Tudo bem que tem uns historiadores metidos, tipo o Will Durant, que se acha tão bam-bam-bam que resolve escrever a história da civilização sozinho, mas na maior parte das vezes o que chama a atenção do povo não é produzido pelos grandes historiadores.
Já os advogados têm como única missão ao escrever perpetuar a espécie. Explico: eles complicam tanto, mas tanto, que só um advogado pode decifrar o que eles escrevem. Assim, as pessoas "comuns" não vão entender lhufas e vão ter que contratar um advogado para fazer por elas algo que nem é tão complicado assim. Os advogados se protegem num clubinho exclusivo, que nem as panelinhas do colégio. Não respeitam ninguém, chegam falando alto e "botando ordem na casa", adoram o som da própria voz e o seu reflexo no espelho, mas, ei, quem sou eu pra ficar falando de algo que todo mundo já sabe...
Os jornalistas possuem a distinção de serem os únicos a serem odiados em igual escala tanto por historiadores quanto por advogados. O motivo é simples: jornalista acha que sabe de tudo, quando, na verdade, não sabe de nada. Isso é parcialmente verdade. Os jornalistas sabem fazer pelo menos uma coisa, que é escrever claramente. Não ficam enrolando até o mundo acabar. Vão direto ao ponto. O resto, contudo, é verdade mesmo: jornalistas são ignorantes metidos. Os outro dois, no entanto, são especialistas metidos. Vivem reclamando que jornalista se mete onde não é chamado (leia-se nos domínios do direito e da história). E o fato é que todo mundo acha que pode ser jornalista. O diploma não vale nada mesmo...
O certo mesmo é fazer que nem eu: falhar nas três profissões e me perguntar constantemente se não teria sido mais fácil se eu tivesse feito aquele curso de secretariado.
Tô séria hoje, né? Que chata que eu sou.