sábado, setembro 11, 2004

O QUE EU ESCREVI NA QUINTA FEIRA:
Hoje estou feliz! Dei uma de Power Rangers e consegui passar em 3 lugares com um só cartãozinho de Estar de uma hora. Comprei um livro que eu queria faz tempo (livro do Desassossego-Fernando Pessoa) e um que eu precisava (Satíricon – Petrônio) pra aula de história e cultura. Daí ainda peguei xerox do francês, que vai ter prova no sábado...ECA. E ainda que eu perdi a última aula, que era de revisão, pra ir na rádio comunitária passar vergonha cantando.
Ah, e achei o espião, e não era o Zanei (nem achei que fosse...). Nem ninguém da PUC.
E não fui no show da Ivete Sangalo...e não estou nem um pouco me martirizando por isso.
E hoje eu vou sair com pelo menos três das queridas pedreiras, uma que eu não vejo faz um tempo e que comentou aqui no último post. E como ela também merece um parágrafo exclusivo, dedico este aqui pra ela. Super Dani!! Só não vão se acostumando com as dedicatórias, hein povo? Isso aqui não é serviço de telemensagem. O júnior apareceu do nada pra comentar aqui... como que vai, piá??? Acabei de te mandar um e-mail.

O QUE EU ESCREVI NO SÁBADO:
Maíra foi barrada no Taco!!!! Hehehe, coitada, ninguém merece. Logo a mais velha das que estavam lá, que foi dirigindo e nos deu carona... Mas tava mesmo muito bom. Conversa legal, comida boa, risadas, enfim: tudo que a gente podia esperar.

Para os impacientes, aviso que colocarei o “dia jornalístico” aqui assim que sair o Comunicare com a nossa matéria. E depois de vocês saberem o que se passa na minha vida, entro na parte séria do negócio (que frase mais....mais...mais....ECA!!!). Os que não gostam podem pular pros comentários e fingir que leram.

Lívia recomenda: dois blogs, após longa e penosa ausência, voltam à ativa no mesmo dia! Não deixem de conferir http://www.droogie.blogger.com.br/ e http://www.liseazedinha.blogger.com.br/.

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS
Todo mundo que gosta de cinema sabe distinguir os diretores uns dos outros. Afinal, um Cameron Crowe é sempre um Cameron Crowe, e um David Fincher não é um John Hughes. (Citei esses diretores porque eu gosto de filmes pop sim, senhor, e não vou ficar dando uma de alugada fingindo que eu conheço os diretores considerados cults). Todo mundo vai no cinema assistir um Spielberg ou foge como o diabo da cruz de um Jorge Fernando (com toda a razão, neste último exemplo). Agora, quando se fala em roteiristas (que não dirigem os próprios filmes) eu só consigo pensar em um exemplo de autor que se reconhece instantaneamente: Charlie Kaufman. O gênio louco por trás de “Quero ser John Malkovich” . Para o bem ou para o mal, ame ou odeie, o cara tem um estilo todo Kaufman de escrever. E eu adoro! Então, confiando na dobradinha Kaufman - Kate Winslet, fui assistir “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. Que filme!!!! Pois filme com Jim Carrey, de duas uma: ou é muito bom (Truman Show, O Mundo de Andy) ou é ruim mesmo (qualquer dos engraçadões). E esse é um dos bons.

Como em todos os filmes do cara, a história é meio complicada: Joel (Carrey) descobre que sua ex, Clementine (Winslet), resolveu literalmente apagar de sua memória todas as lembranças dos dois juntos. P da vida, como era de se esperar, ele resolve fazer o mesmo com ela. Mas, durante o procedimento, percebe que, apesar dos momentos ruins, ainda existem muitas memórias boas que ele não quer perder. Eu andei lendo uns fóruns americanos que falavam sobre o filme. Tinha gente reclamando que o filme não era realista porque nunca que iam conseguir fazer um procedimento assim... Poxa vida!!! Eles assistem ET e choram, achando que é tudo de verdade, mas são incapazes de dar uma licença poética a um filme que é um dos mais realistas que eu já vi.
A questão não é se o procedimento é possível ou até mesmo faz sentido (porque não faz mesmo). O cerne do filme não está na questão científica. Ela está ali apenas como uma ponte, um caminho que permite ao autor explorar os sentimentos humanos. Ficar discutindo se é realmente possível apagar alguém da memória é incidental, a questão é que todos nós temos que viver com o nosso passado, bom ou ruim. Lógico que ás vezes fica um pouco pesado tão pesado que temos até mecanismos de defesa naturais do ser humano pra nos ajudar a lidar com isso tudo. Tem gente que gasta uma grana em psicólogos e afins tentando esquecer ou tentando lembrar e sei lá mais o que. Quem quiser pode ir ler Freud (ou então
http://psique.org/modules.php?name=News&file=article&sid=54) , eu é que não vou ficar explicando o que eu não entendo tão bem.
Joel tenta se apegar à memória de Clementine, mas ela lhe escapa. Ao se encontrarem outra vez (acreditando ser a primeira) eles se apaixonam de novo. E poderia ser de outra maneira? Não. Recomeça-se o ciclo.
Não quero falar mais porque pode estragar o filme. O problema é que eu fiquei me enrolando pra escrever esse texto e acho que o filme até já saiu dos cinemas. Enfim, quando você estiver passeando na locadora e encontrar esse filme, pegue-o imediatamente, sem titubear. Não apague isso da sua memória! Enquanto isso assista “Quero ser John Malkovich” . Ah, e se tiver um tempinho sobrando pegue “Encontros e Desencontros” (que é da Sofia Coppola e também fala de relacionamentos de uma maneira, digamos, fantástica).

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