raiva com o mundo: meu computador foi reformatado e perdi um monte de coisa (inclusive meus episódios de joan of arcadia e muitas músicas grrrrrrrrrrrr)
vou colocar aqui o artigo que eu escrevi pra aula de TV sobre um filme que todo mundo tem que assitir!! Lá vai:
"O ditado popular diz que “uma imagem vale mais que mil palavras”. Se tomarmos essa afirmação como verdadeira, apenas alguns segundos de imagens em movimento devem valer por verdadeiros livros. Cada “frame” carregando seu significado, e sua junção mostrando ao público a versão mais aproximada encontrada até hoje do que realmente aconteceu. Quando um editor se põe ao trabalho, ele tem nas mãos a responsabilidade de decidir o que deve ou não chegar aos olhos do público. Os cortes, os ângulos escolhidos, as coisas que são ditas – tudo isso fica a cargo do editor. Esse trabalho não é fácil, e implica em muitas conseqüências, sejam elas para o bem ou para o mal. Quando o editor trabalha, em qualquer meio, ele tem o poder de influenciar a opinião de outras pessoas.
Michael Moore, diretor de filmes como “Tiros em Columbine” e “Roger e Eu”, é uma figura controversa não só em seu país, os EUA, como no mundo inteiro. Seus documentários batem recorde de público e, assim como seu diretor, fazem parte da categoria “ame ou odeie”. Seu mais recente documentário, “Fahrenheit 11 de setembro”, já é o documentário mais assistido da história, e o primeiro filme do gênero a ganhar uma Palma de Ouro no festival de Cannes. “Fahrenheit” tem como objetivo impedir que o presidente americano, George W. Bush, seja re-eleito (ou eleito, como diz Moore) para a Casa Branca.
Para que isso aconteça, Moore faz uso de fragmentos de fitas gravadas por amadores e pela própria mídia americana e árabe - cenas que os editores das emissoras preferiram não usar. Ele utiliza imagens gravadas por emissoras árabes, coisa que os profissionais americanos muitas vezes deixaram de lado – como a tortura de prisioneiros iraquianos por soldados americanos. O filme inteiro de Moore é editado de modo a confirmar suas opiniões. O presidente Bush é flagrado em seus piores momentos, todos editados a modo de mostrar ao espectador quem Moore pensa que o presidente é.
Já no início do filme, o diretor coloca que seu objetivo é mostrar ao público a farsa que tomou conta da Casa Branca nos últimos quatro anos. Ele afirma querer mostrar os bastidores do teatro onde Bush e seus aliados são os atores principais na peça que visa enganar aos americanos e ao mundo. Durante o desenrolar dos créditos é isso que o cineasta faz, ele mostra o presidente e sua equipe se preparando. As cenas mostradas são aquelas que antecedem a pronunciamentos oficiais. O vice-presidente Dick Cheney penteia seu cabelo, Bush passa pó no resto, Condoleeza Rice ajeita seu casaco.
A edição serve precisamente ao que Moore queria colocar: estes são os atores se preparando, e eles encenarão para o mundo as suas mentiras. É isso que ele faz ao longo de todo o filme. Ele mostra as imagens rejeitadas por todos, o que nenhum veículo de mídia resolveu mostrar. Quando o segundo avião acerta a torre do World Trade Center, o presidente americano, que visitava uma escola, é avisado por um assessor que “o país está sob ataque”. Durante três anos, o mundo viu apenas esta imagem, pois assim ela foi editada. O que o cineasta coloca são os próximos sete minutos, em que Bush permanece sentado, lendo um livro infantil, sem tomar atitude alguma – coisa que nenhum editor das redes televisivas americanas decidiu mostrar.
Moore segue por esse caminho, buscando imagens de arquivo que comprovem sua tese e as editando de uma maneira brilhante, e por vezes manipuladora, que comprove sua tese inicial. Até mesmo aqueles que discordam de sua visão admitem que o trabalho de pesquisa e, principalmente, a maneira como a fita foi editada são brilhantes.
“Fahrenheit 11 de setembro” e outros filmes de Moore, principalmente “Tiros em Columbine”, são essenciais para entender o poder existente na simples seleção das cenas a serem mostradas. Ele se utiliza dos próprios veículos oficiais para criticá-los. É interessante comparar seu estilo com a maneira de dar notícias de emissoras americanas como a FOX NEWS. A impressão que se tem é que se está sendo manipulado para dois lados completamente opostos. Na verdade, seria muito melhor estar apenas sendo informado."
vou colocar aqui o artigo que eu escrevi pra aula de TV sobre um filme que todo mundo tem que assitir!! Lá vai:
"O ditado popular diz que “uma imagem vale mais que mil palavras”. Se tomarmos essa afirmação como verdadeira, apenas alguns segundos de imagens em movimento devem valer por verdadeiros livros. Cada “frame” carregando seu significado, e sua junção mostrando ao público a versão mais aproximada encontrada até hoje do que realmente aconteceu. Quando um editor se põe ao trabalho, ele tem nas mãos a responsabilidade de decidir o que deve ou não chegar aos olhos do público. Os cortes, os ângulos escolhidos, as coisas que são ditas – tudo isso fica a cargo do editor. Esse trabalho não é fácil, e implica em muitas conseqüências, sejam elas para o bem ou para o mal. Quando o editor trabalha, em qualquer meio, ele tem o poder de influenciar a opinião de outras pessoas.
Michael Moore, diretor de filmes como “Tiros em Columbine” e “Roger e Eu”, é uma figura controversa não só em seu país, os EUA, como no mundo inteiro. Seus documentários batem recorde de público e, assim como seu diretor, fazem parte da categoria “ame ou odeie”. Seu mais recente documentário, “Fahrenheit 11 de setembro”, já é o documentário mais assistido da história, e o primeiro filme do gênero a ganhar uma Palma de Ouro no festival de Cannes. “Fahrenheit” tem como objetivo impedir que o presidente americano, George W. Bush, seja re-eleito (ou eleito, como diz Moore) para a Casa Branca.
Para que isso aconteça, Moore faz uso de fragmentos de fitas gravadas por amadores e pela própria mídia americana e árabe - cenas que os editores das emissoras preferiram não usar. Ele utiliza imagens gravadas por emissoras árabes, coisa que os profissionais americanos muitas vezes deixaram de lado – como a tortura de prisioneiros iraquianos por soldados americanos. O filme inteiro de Moore é editado de modo a confirmar suas opiniões. O presidente Bush é flagrado em seus piores momentos, todos editados a modo de mostrar ao espectador quem Moore pensa que o presidente é.
Já no início do filme, o diretor coloca que seu objetivo é mostrar ao público a farsa que tomou conta da Casa Branca nos últimos quatro anos. Ele afirma querer mostrar os bastidores do teatro onde Bush e seus aliados são os atores principais na peça que visa enganar aos americanos e ao mundo. Durante o desenrolar dos créditos é isso que o cineasta faz, ele mostra o presidente e sua equipe se preparando. As cenas mostradas são aquelas que antecedem a pronunciamentos oficiais. O vice-presidente Dick Cheney penteia seu cabelo, Bush passa pó no resto, Condoleeza Rice ajeita seu casaco.
A edição serve precisamente ao que Moore queria colocar: estes são os atores se preparando, e eles encenarão para o mundo as suas mentiras. É isso que ele faz ao longo de todo o filme. Ele mostra as imagens rejeitadas por todos, o que nenhum veículo de mídia resolveu mostrar. Quando o segundo avião acerta a torre do World Trade Center, o presidente americano, que visitava uma escola, é avisado por um assessor que “o país está sob ataque”. Durante três anos, o mundo viu apenas esta imagem, pois assim ela foi editada. O que o cineasta coloca são os próximos sete minutos, em que Bush permanece sentado, lendo um livro infantil, sem tomar atitude alguma – coisa que nenhum editor das redes televisivas americanas decidiu mostrar.
Moore segue por esse caminho, buscando imagens de arquivo que comprovem sua tese e as editando de uma maneira brilhante, e por vezes manipuladora, que comprove sua tese inicial. Até mesmo aqueles que discordam de sua visão admitem que o trabalho de pesquisa e, principalmente, a maneira como a fita foi editada são brilhantes.
“Fahrenheit 11 de setembro” e outros filmes de Moore, principalmente “Tiros em Columbine”, são essenciais para entender o poder existente na simples seleção das cenas a serem mostradas. Ele se utiliza dos próprios veículos oficiais para criticá-los. É interessante comparar seu estilo com a maneira de dar notícias de emissoras americanas como a FOX NEWS. A impressão que se tem é que se está sendo manipulado para dois lados completamente opostos. Na verdade, seria muito melhor estar apenas sendo informado."
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