sexta-feira, janeiro 07, 2005

Oi para as pessoas de Minas Gerais, que têm trezentos reais de crédito no celular e latas de 10kg de doce de leite. Se tudo der certo quem sabe eu apareça para uma visita nesses próximos dias.

Confirmei hoje que minha inaptidão para a arte é realmente genética. Ninguém acredita quando eu digo que só passava em Educação Artística no colégio por que a professora tinha pena de mim, mas é a mais pura verdade. Então, hoje minha mãe resolveu encapar com aqueles plásticos protetores a minha recém-comprada edição de "The Complete Works of Oscar Wilde". Eu queria esse livro faz muito, muito tempo e finalmente arranjei o dinheiro e a coragem de mandar importar (não foi lançado no Brasil). E minha mãe, que nunca se preocupou com o meu material escolar nem encapou minhas apostilas de colégio com papel contact, resolveu que seria uma boa hora pra começar, e justo com o meu novo livro. Basta dizer que nem que eu me esforçasse conseguiria fazer pior. Definitivamente não tinha como eu ser boa em artes plásticas, é de família... E agora o livro está aqui na minha frente, meio torto porque a capa de trás está menor que da frente e deve ter uns trinta pedaços de durex colados por tudo que é lado. Mas pelo menos ainda dá pra ler, né?

Por sinal, li um post em um blog por aí que dizia, em tantas palavras, que pessoas que querem se achar o máximo e não o são normalmente gostam de Oscar Wilde e The Libertines. Bom, sei lá eu. Eu fico lendo essas revistas e colunas online sobre música e, ao mesmo tempo que fico morrendo de vontade de colocar de volta o Kazaa (ou qualquer outro programa que esteja na moda, hehe) e arranjar mais espaço pra baixar músicas no computador, também fico com uma preguiça enorme. A cada vinte minutos surge uma nova grande banda que vai salvar o mundo (e que provavelmente só lançou um single até agora). Ontem, Franz Ferdinand era o máximo. Agora já é coisa do passado, de gente desatualizada. Agora é a vez de sei lá o que (nem sei o que é moda no mundo dos alternativos antenados).Haja paciência pra ser cool. Não se pode vacilar um só minuto, e que Deus nos acuda se usarmos a camiseta de banda errada! Eu até queria ser crítica de música, mas como? Eu que gosto de gente que tá na estrada há mais de 40 anos? Eu que acho ABBA o máximo? Eu que canto em altos brados "I guess that's why they call it the blues", do Elton John? Tudo bem, eu digo pra mim mesma. Por mais que eu quisesse ganhar dinehiro pra falar de música, eu não tenho nem metade da disposição desse pessoal pra ficar por dentro de tantas regras que mudam tão rapidamente. O negócio deles é ser cool, hype. O meu negócio é ficar em casa escutando "In the Valley", do Midnight Oil. Que seja, não me preocupo. Próxima carreira dos sonhos: atendente na videolocadora aqui perto de casa (esta semana convenci duas pessoas a pegarem os filmes que eu sugeri, então acho que nessa profissão é capaz de eu me dar bem).
Até

PS: falando em hype e moda, os leitores da coluna do Lucio Ribeiro, na Folha Online, escolheram Ludov e Gram como duas das dez melhores bandas alternativas brasileiras do ano. Não conehço quase nada delas, mas sei que tem gente que lê isso aqui (coff coff Hugo e Luiza coff coff atchimmm) que gostam. Então é isso.
PS2: Nunca nem tinha ouvido falar de menta roxa...(ver último post)

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